Provavelmente você está em acompanhamento pré-natal e os exames apontaram algum grau de dilatação no rim do seu bebê. Se foi esse o motivo que te trouxe até aqui, leia o conteúdo que criamos para te informar, mas já antecipamos que não há, não mesmo, motivo para pânico. Vamos te ajudar a entender melhor essa situação!
Em linhas gerais, podemos resumir que no final do primeiro trimestre, se a urina produzida pelos rins do feto ficar retida dentro do sistema coletor (pelve renal, ureteres e bexiga),ela causará uma dilatação do trato urinário do bebê. Essa dilatação identificada durante a gestação é chamada de hidronefrose antenatal.
Como consequência desse bloqueio ao livre fluxo da urina no trato urinário, durante a gestação, pode haver uma redução significativa no volume de urina eliminada pelo bebê. Esse fato, torna-se particularmente impactante, a partir da 18ª semana de gestação, momento a partir do qual a produção de urina torna-se primordial para manutenção do volume adequado do líquido amniótico.
Durante todo o período de vida intra uterina, o bebê está envolto pelo líquido amniótico. Este bolsão protege o feto contra traumas mecânicos, auxilia no equilíbrio térmico, proporciona o desenvolvimento e amadurecimento dos pulmões, evita a compressão do cordão umbilical, além de ser essencial para o perfeito desenvolvimento do sistema musculoesquelético, permitindo a livre movimentação do bebê dentro do útero materno.
Variados distúrbios do desenvolvimento embrionário podem comprometer os órgãos que formam o aparelho urinário e assim resultar em hidronefrose antenatal.
Geralmente, a dilatação do trato urinário do feto é apenas fisiológica e transitória, e não está associada a qualquer tipo de obstrução, sendo então habitual o seu desaparecimento durante os primeiros anos de vida da criança, sem deixar sequelas.
Entretanto, em cerca de 20% dos casos, a hidronefrose ocorre por alguma malformação congênita do trato urinário. Elas podem provocar obstrução à passagem da urina ou o retorno da urina da bexiga para rim, sendo os problemas mais comuns a Estenose da JUP, Megaureter obstrutivo, Refluxo vesicoureteral e Válvula de uretra posterior.
Em duas regiões específicas do sistema urinário a obstrução é habitual: na junção ureteropiélica (JUP),localizada entre o rim e o ureter, manifestando-se como Estenose da JUP e na junção ureterovesical (JUV),localizada entre o ureter e a bexiga, causando o quadro de Megaureter obstrutivo.
Além disso, o refluxo vesicoureteral (RVU),ocorre por anormalidades da junção ureterovesical, local responsável por impedir que a urina retorne da bexiga para o rim. Pode provocar hidronefrose se o grau, ou seja, a intensidade do refluxo for muito grande.
Por último, mas não menos importante, a hidronefrose pode surgir por uma obstrução na uretra prostática, região localizada abaixo da bexiga, em decorrência de um problema denominado Válvula de uretra posterior (VUP).
Para saber mais, acompanhe nossos conteúdos no blog e nas redes sociais!