Hérnia Inguinal - Dra. Marilyse Fernandesinguinal, umbilical e epigástrica – em pacientes pediátricos geralmente são anomalias congênitas, ou seja, estão presentes desde o nascimento não sendo algo que se desenvolve com o passar do tempo. Essas anomalias são caracterizadas pela presença de uma abertura na parede do abdome, através da qual parte do conteúdo abdominal interno, como os intestinos, podem ser projetados para o exterior.

A hérnia inguinal torna-se visível através de um abaulamento macio ou um inchaço na área inguinal (região localizada entre o abdome e a parte superior da coxa),no escroto ou na região do lábio vaginal. Em crianças e adolescentes, a hérnia inguinal raramente ocorre por fraqueza progressiva da parede abdominal, principal causa entre os adultos.

Particularmente, a origem da hérnia inguinal nas crianças, difere do motivo identificado nos adultos, sendo relacionada a persistência de uma estrutura embrionária denominada conduto peritônio-vaginal. Através deste conduto, ocorrerá a passagem de conteúdos da cavidade abdominal como alça intestinal, ovário e trompas, para a região inguinal podendo chegar até a região escrotal.

Portanto, quando a hérnia estiver localizada na região da virilha é denominada de hérnia inguinal. As hérnias inguinais ocorrem em 2% de todas as crianças, sendo mais comuns em meninos que em meninas. Elas podem ocorrer em qualquer lado, mas são mais frequentes no lado direito.

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Hérnia Inguinal

As hérnias – inguinal, umbilical e epigástrica – em pacientes pediátricos geralmente são anomalias congênitas, ou seja, estão presentes desde o nascimento não sendo algo que se desenvolve com o passar do tempo. Essas anomalias são caracterizadas pela presença de uma abertura na parede do abdome, através da qual parte do conteúdo abdominal interno, como os intestinos, podem ser projetados para o exterior.

A hérnia inguinal torna-se visível através de um abaulamento macio ou um inchaço na área inguinal (região localizada entre o abdome e a parte superior da coxa),no escroto ou na região do lábio vaginal. Em crianças e adolescentes, a hérnia inguinal raramente ocorre por fraqueza progressiva da parede abdominal, principal causa entre os adultos.

Particularmente, a origem da hérnia inguinal nas crianças, difere do motivo identificado nos adultos, sendo relacionada a persistência de uma estrutura embrionária denominada conduto peritônio-vaginal. Através deste conduto, ocorrerá a passagem de conteúdos da cavidade abdominal como alça intestinal, ovário e trompas, para a região inguinal podendo chegar até a região escrotal.

Portanto, quando a hérnia estiver localizada na região da virilha é denominada de hérnia inguinal. As hérnias inguinais ocorrem em 2% de todas as crianças, sendo mais comuns em meninos que em meninas. Elas podem ocorrer em qualquer lado, mas são mais frequentes no lado direito.

Causas e Sintomas da Hérnia Inguinal

Em meninos, os testículos se desenvolvem na parte posterior do abdome, logo abaixo do rim. Durante o desenvolvimento fetal, o testículo desce desse local até o escroto levando, associadamente, uma dobra da membrana que reveste internamente o abdome (peritônio),denominada de peritônio parietal, semelhante a um dedo de luva, que alcançará a região escrotal - sendo denominado de conduto peritônio-vaginal. Esta prega deve envolver apenas o testículo na vida adulta (denominada de túnica vaginalis),sendo que a conexão com o abdome será geralmente reabsorvida. Caso isso não ocorra, desenvolve-se uma hérnia, através da parede abdominal e do canal inguinal, alcançando a região escrotal - sendo então denominada de hérnia inguino-escrotal.

As hérnias inguinais tornam-se visíveis apenas nos momentos em  que houver algum conteúdo da cavidade abdominal no seu interior. Em bebês e crianças, o abaulamento pode não ser aparente se o conteúdo da cavidade abdominal não ocupar o saco herniário, pois a abertura da parede abdominal pode ser muito estreita para permitir que isso ocorra. Com o crescimento da criança, o aumento da pressão dentro da cavidade abdominal, pode facilitar a passagem de conteúdo através da persistência do conduto peritônio-vaginal atingindo o saco herniário e frequentemente alargando essa abertura.

Alguns fatores colocam as crianças em maior risco para o desenvolvimento de hérnias inguinais, como:

  • Prematuridade;
  • Testículos não descidos;
  • História familiar de hérnias;
  • Fibrose cística;
  • Displasia do desenvolvimento do quadril;
  • Anormalidades uretrais e da parede abdominal .

Embora as meninas não tenham testículos, elas têm um canal inguinal, e portanto, também podem apresentar hérnia inguinal. Frequentemente, é a tuba uterina e o ovário que ocupam o saco herniário.

Tratamento da Hérnia Inguinal

Caso a criança receba o diagnóstico de hérnia inguinal, a escolha do momento para a realização do tratamento e de qual tipo de procedimento cirúrgico, levará em consideração alguns fatores como, a idade da criança, estado de saúde atual e o histórico médico, o tipo de hérnia, se a hérnia é redutível (quando o conteúdo herniado pode ser empurrado para dentro da cavidade abdominal) ou não, e a tolerância do seu filho a medicamentos, procedimentos ou terapias específicas.

Entretanto devemos ressaltar que sempre estará indicado o tratamento cirúrgico para correção da hérnia inguinal pediátrica. E deverá ser sempre reparada, o mais breve possível, porque complicações mais sérias, como o encarceramento e estrangulamento intestinal podem ocorrer. Quando isso acontece, o suprimento de sangue para o intestino pode ser interrompido e provocar danos permanentes.

O diagnóstico preciso do problema é fundamental para que haja um tratamento adequado e efetivo. O exame físico é a principal arma para a elucidação diagnóstica, entretanto nem sempre é de fácil realização, particularmente nos lactentes ou nas crianças pequenas, que às vezes ficam assustados, ao ter contato com os profissionais de saúde. O inchaço ou abaulamento pode ser mais perceptível, nos momentos de choro ou durante a realização de algum esforço físico, sendo que geralmente irá diminuir ou desaparecer quando a criança relaxar (Fig 3). Nesta situação, em que o inchaço na região inguinal surge após um esforço e depois reaparece repetidamente, é indicado que procure uma opinião médica especializada para uma avaliação e caso necessário será indicada a herniorrafia inguinal - nome da cirurgia para corrigir a hérnia - realizada de maneira eletiva.

Entretanto, em meninos e meninas, uma alça intestinal pode se projetar através do anel herniário e ficar aprisionada, não retornando à cavidade abdominal (hérnia encarcerada). Um médico experiente, geralmente será competente para empurrar suavemente esse conteúdo para a cavidade abdominal, sendo necessário para isso, que a criança esteja calma e em posição deitada. Caso o caroço não diminua, é provável que o conteúdo herniado não retornou a cavidade abdominal, devido ao aparecimento de edema na parede intestinal, impedindo a passagem pelo anel herniário (hérnia estrangulada). Nesta situação, geralmente será necessário uma cirurgia de urgência.

A herniorrafia inguinal nas crianças, é um procedimento realizado sob anestesia geral. Pode  ser executado por meio de uma pequena incisão de 2 a 3 cm na região inguinal ou por via laparoscópica (Fig 4).

A herniorrafia inguinal laparoscópica é realizada através de uma incisão de 3-5mm no umbigo, por onde entrará uma lente ótica, que permite visualizar a anatomia da cavidade abdominal. Adicionalmente, uma ou duas incisões de 2 a 3 nos flancos esquerdo e direito, possibilitam a introdução de pinças laparoscópicas (Fig 5).

Existem inúmeras técnicas para a realização da herniorrafia inguinal laparoscópica, havendo possibilidade de fechamento do conduto peritônio-vaginal patente, por meio do uso de suturas intra e extra-corpóreas (Fig 6). Uma dúvida recorrente é se há a necessidade de uso de telas para correção cirúrgica, como muitas vezes é usada em adultos.

Para a correção da hérnia inguinal em crianças e adolescentes, geralmente não é indicado o uso de telas, sendo realizado o fechamento do conduto peritônio-vaginal por meio de um fio de sutura inabsorvível. Independente da via de acesso cirúrgico, a partir do quarto mês de vida, a criança poderá receber alta cerca de 4-6 horas após o término da cirurgia.

"O conteúdo destas informações foram revisados pela Dra Marilyse Fernandes. Destina-se apenas para fins educacionais e não deve substituir avaliação médica ou de qualquer outro profissional de saúde. Encorajamos a discussão de quaisquer dúvidas ou preocupações  com o/a médico/a de sua preferência e confiança".

Imagem 1
Fonte: hernia inguinal

 

Imagem 2
Fonte: internet

Imagem 3 - Representação do desenvolvimento embrionário do canal inguinal.
Fonte: US of the Inguinal Canal: Comprehensive Review of Pathologic Processes with CT and MR Imaging Correlation | RadioGraphics

Imagem 4: Esquema demonstrando as diferentes apresentações clínicas que variam conforme o calibre do conduto peritônio-vaginal.
Fonte: Inguinal hernia and hydrocele

Fonte: Youtube.

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Avaliações

Ana Camargo
Ana Camargo
08/09/2023
Minha filha de 5 anos não deixava de usar fralda, foram vários médicos até que em março/23 conheci por meio de indicação a dr Marilyse. Com sua experiência conseguiu diagnósticar a duplicidade no canal da urina, cirurgia feita em 31/07/23 e foi um sucesso. Gratidão pura a essa profissional e toda sua equipe, desde o primeiro atendimento com sua secretária Janaina. Obrigada a todos!
Reinaldo Ferreira
Reinaldo Ferreira
22/08/2023
Profissional extremamente competente cuidou do meu filho recém nascido de maneira excepcional. Desde o primeiro encontro se mostrou extremamente competente e nos passou tranquilidade em um momento muito delicado. A Dra. Marilyse não apenas demonstrou uma compreensão abrangente das necessidades médicas do meu filho, mas também se esforçou para explicar cada procedimento de maneira clara e tranquilizadora Em resumo, estou profundamente grato à Dra. Marilyse por sua excelência profissional e sem dúvidas nenhuma a indicaria
Silvio Fernandes Vera
Silvio Fernandes Vera
21/08/2023
Agradeço toda a atenção que sempre nos dispensou quando precisamos. Que Deus cuide sempre de você e lhe dê a saúde necessária para continuar a cuidar daqueles que mais precisam! Silvio, Selma e Rafael...
Gabriela Genaro
Gabriela Genaro
17/03/2023
Ótima profissional, muito competente e humana! Nos tratou com muito carinho e profissionalismo desde a 1° consulta. Nos passou total confiança! Fez a cirurgia do meu filho de apenas 10 meses e foi um sucesso.
Janaina Silva
Janaina Silva
14/03/2023
A Dra marilyse é sensacional, tira todas as nossas dúvidas em relação aos nossos pequenos, super atenciosa e educada. Nota 1000 em todos os quesitos, desde o atendimento na recepção até o pós consulta!!
daniele bergamaschi andreia
daniele bergamaschi andreia
07/02/2023
A Dra é maravilhosa 😍, a cirurgia do meu filho foi um sucesso.
karine caldas
karine caldas
02/02/2023
Gratidão a Dra. Marilyse! Muito atenciosa e cuidadosa com a criança e também com os pais.
Veronica Tirri
Veronica Tirri
01/12/2022
A Dra. MARYLISE foi um anjo enviado por Deus em nossas vidas! A Maysa em exame de rotina em 2021, foi encontrado um cálculo gigante no ureter Esquerdo do Rin, com uma Hidronefrose grau III importante. Necessitando de uma cirúrgia de Urgência. Foi prontamente indicada pelos colegas médicos mesmo não sendo da região da Dra. Foi indicada pela competência, especialização diferenciada e muita eficiência. Em menos de 1 semana a Dra. Atendeu prontamente e em menos de 45 dias a Maysa foi operada por Cirurgia ROBÓTICA por VÍDEO, recuperação incrível em pouquíssimos dias! Maysa quase não tem cicatrizes! A Dra. é uma fada maravilhosa! Serei grata eternamente! 🙏🙏🙏💗 Dia 29/11/2022 dia de visitar a melhor médica Urologista Pediátrica! 😍💗 A foto da cicatrização perfeita da minha pequena. Não posso deixar de mencionar a recepcionista Janaína, muito eficiente e responsável sempre! Gratidão sempre!
Mayara Oliveira Guilherme
Mayara Oliveira Guilherme
30/11/2022
Desde a primeira consulta eu fui muito bem atendida, nunca sai de uma consulta com dúvida. A cirurgia do meu filho foi um sucesso e eu tive todo apoio necessário durante todo o tratamento. A Dra. fez uma correção de hipospadia e ficou perfeito. Sou muito grata a Dra. Marilyse e a Janaína que sempre me atendeu muito bem principalmente no pós cirúrgico que demanda um maior acompanhamento.