Hipospádia - Dra. Marilyse Fernandesincidência que varia de 0,3 a 0,7 por cento dos nascidos vivos do sexo masculino.

Caracterizada pela posição anormal do meato uretral, localizado na região ventral do pênis. Aliás, sendo frequentemente associada ao encurvamento peniano ventral (chordee) e prepúcio fendido (capuchão).

Estas alterações manifestam-se de várias maneiras exigindo o desenvolvimento de inúmeras opções técnicas para correção do problema. Inegavelmente isto torna o tratamento um grande desafio para os urologistas pediátricos, exigindo refinamento, delicadeza, experiência e rigor técnico.

A incidência varia de acordo com a etnia, sendo mais frequente nos bebês do sexo masculino nascidos de mães brancas.

O risco de hipospádia parece estar atualmente aumentando com base em resultados de estudos populacionais em todo o mundo. Embora essas tendências possam apenas refletir uma melhora do diagnóstico.

Porém é pouco provável que estas medidas sejam responsáveis pelo aumento observado em diferentes países.

Esses achados sugerem aumento dos fatores de risco, especialmente maior exposição a contaminantes ambientais ou drogas (por exemplo, pesticidas e uso materno de progesterona) que podem interferir na estimulação androgênica necessária para o desenvolvimento da genitália externa masculina.

Outros fatores de risco:

Em conclusão, a hipospádia geralmente é diagnosticada pelo pediatra logo após o nascimento do bebê. O encaminhamento ao especialista uropediatra acontece logo nos primeiros meses de vida.

Contudo, em algumas circunstâncias, o tamanho peniano menor que o esperado para a idade é o motivo pelo qual a família procura atendimento.

Os objetivos da correção cirúrgica da hipospádia são a reconstrução da uretra e da glande. Além disso, a correção do encurvamento peniano, do prepúcio e da bolsa escrotal. Saiba mais a seguir sobre a cirurgia!

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Hipospádia

A hipospádia é uma das anomalias congênitas mais comuns, com incidência que varia de 0,3 a 0,7 por cento dos nascidos vivos do sexo masculino.

Caracterizada pela posição anormal do meato uretral, localizado na região ventral do pênis. Aliás, sendo frequentemente associada ao encurvamento peniano ventral (chordee) e prepúcio fendido (capuchão).

Estas alterações manifestam-se de várias maneiras exigindo o desenvolvimento de inúmeras opções técnicas para correção do problema. Inegavelmente isto torna o tratamento um grande desafio para os urologistas pediátricos, exigindo refinamento, delicadeza, experiência e rigor técnico.

A incidência varia de acordo com a etnia, sendo mais frequente nos bebês do sexo masculino nascidos de mães brancas.

O risco de hipospádia parece estar atualmente aumentando com base em resultados de estudos populacionais em todo o mundo. Embora essas tendências possam apenas refletir uma melhora do diagnóstico.

Porém é pouco provável que estas medidas sejam responsáveis pelo aumento observado em diferentes países.

Esses achados sugerem aumento dos fatores de risco, especialmente maior exposição a contaminantes ambientais ou drogas (por exemplo, pesticidas e uso materno de progesterona) que podem interferir na estimulação androgênica necessária para o desenvolvimento da genitália externa masculina.

Outros fatores de risco:

  • Idade materna avançada
  • Fertilização in vitro
  • Diabetes mellitus materno preexistente
  • História de hipospádia paterna
  • Exposição ao fumo e pesticidas
  • Insuficiência placentária
  • Prematuridade
  • Fertilização in vitro

Em conclusão, a hipospádia geralmente é diagnosticada pelo pediatra logo após o nascimento do bebê. O encaminhamento ao especialista uropediatra acontece logo nos primeiros meses de vida.

Contudo, em algumas circunstâncias, o tamanho peniano menor que o esperado para a idade é o motivo pelo qual a família procura atendimento.

Os objetivos da correção cirúrgica da hipospádia são a reconstrução da uretra e da glande. Além disso, a correção do encurvamento peniano, do prepúcio e da bolsa escrotal. Saiba mais a seguir sobre a cirurgia!

Causas e Sintomas da Hipospádia

A etiologia é ainda bastante discutível, e dentre as principais causas enumera-se:

  • Fatores endócrinos e genéticos: maior incidência em recém-nascidos com fertilização assistida, podendo relacionar-se ao uso materno de progesterona;
  • Fatores ambientais: contato materno com substâncias contendo estrógenos, pesticidas e fungicidas;
  • Deficiência de fatores de crescimento epidérmico na região ventral do pênis;
  • Defeitos enzimáticos na biossíntese da testosterona ocorrendo principalmente em hipospádias proximais.

Tratamento da Hipospádia

Atualmente, preconiza-se que a correção cirúrgica seja realizada precocemente, a partir dos 6-8 meses de vida. Desta maneira, sempre que  possível, todas as etapas de reconstrução do genital sejam completadas antes dos 2 anos. Mesmo nos casos que necessitarem de tratamento em vários tempos cirúrgicos.

Dentre os diversos motivos desta conduta, incluem menor impacto psicológico nos bebês, fácil manejo com sondas e curativos e menor ansiedade dos pais em aguardar a cirurgia. Estudos recentes têm demonstrado, melhora do resultado funcional com redução da taxa de complicação nesta faixa etária.

As complicações pós-operatórias tardias são bem reconhecidas e são as de maior importância na cirurgia de hipospádia.

Estão relacionadas à severidade da hipospádia, à idade tardia na correção, à escolha da técnica cirúrgica e à experiência e rigor técnico do cirurgião.

Entre elas estão:

  • fístulas uretrocutâneas;
  • estenose de uretra;
  • curvatura residual;
  • pêlos e incrustação de cálculo urinário;
  • aspecto estético desfavorável.

Independente do tipo da hipospádia, os objetivos cirúrgicos são:

  • proporcionar micção e ereção “normais”;
  • posicionar o meato uretral na extremidade glandar, através de confecção de uma neo-uretra (neo-uretroplastia),utilizando os tecidos do pênis ou de enxerto de mucosa da boca;
  • correção do encurvamento do pênis;
  • plástica prepucial proporcionando aspecto estético favorável;
  • escrotoplastia, necessária nas hipospádias proximais onde o escroto pode ser bífido ou transposto em relação ao pênis.

"O conteúdo destas informações foram revisados pela Dra Marilyse Fernandes. Destina-se apenas para fins educacionais e não deve substituir avaliação médica ou de qualquer outro profissional de saúde. Encorajamos a discussão de quaisquer dúvidas ou preocupações  com o/a médico/a de sua preferência e confiança".

Hipospádia, esquema demonstrando as possíveis localizações do meato uretral nos meninos.

Fig 1:  Esquema demonstrando as possíveis localizações do meato uretral nos meninos com hipospádia. Geralmente cada criança tem apenas um meato uretral para urinar.

Fonte: https://www.chop.edu/sites/default/files/hypospadias-illustration-color-16x9.jpg

Hipospádia, desenho demonstrando como o prepúcio pode estar formado incompletamente, um tipo de alteração comum denominada de capuchão.

Fig 2: Desenho demonstrando  como o prepúcio pode estar formado incompletamente, uma tipo de alteração comum na hipospádia, denominada de capuchão.

Fonte: https://www.chop.edu/sites/default/files/styles/16_9_large/public/incompleteforeskin-16x9.jpg?itok=2Kb0f4kp

Hipospádia, graus variados de encurvamento peniano.

Fig 3: Esquema mostrando graus variados de encurvamento peniano que  pode ser encontrado associadamente nos pacientes com hipospádia.

Fonte: https://www.chop.edu/sites/default/files/styles/16_9_large/public/curvature-775x257.jpg?itok=u4xzyxiK

Hipospádia, representação da fina e macia sonda ou cateter que pode ser temporariamente colocada na uretra para drenar a urina da bexiga e colaborar com a cicatrização após a correção cirúrgica

Fig 4: Representação da fina e macia sonda ou cateter que pode ser temporariamente colocado na uretra  para drenar a urina da bexiga e colaborar com a cicatrização após a correção cirúrgica da hipospádia.

Fonte: https://www.chop.edu/sites/default/files/styles/16_9_large/public/catheter16x9.jpg?itok=PqfvW-Co

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