Testículo Retrátil - Dra. Marilyse Fernandestestículo retrátil ocorre quando o testículo já desceu completamente até o escroto, mas em momentos de choro, medo ou frio, sobe ou retorna ao canal inguinal, devido a uma  contração intensa de um músculo chamado cremaster.

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Testículo Retrátil

O testículo retrátil ocorre quando o testículo já desceu completamente até o escroto, mas em momentos de choro, medo ou frio, sobe ou retorna ao canal inguinal, devido a uma  contração intensa de um músculo chamado cremaster.

Causas e Sintomas do Testículo Retrátil

Nessa situação, o testículo pode ser visualizado na região escrotal, nos momentos em que a criança estiver relaxada, como por exemplo na hora do banho, ou dormindo (Fig.1). Algumas vezes, essa condição pode ser confundida com um outro problema comum nos meninos, denominado de testículo não descido, e que tem necessidade de  tratamento cirúrgico até os 18 meses de vida.

Habitualmente, o testículo retrátil é considerado como uma condição fisiológica, assintomática e que não causará repercussão para o desenvolvimento testicular. Evolui na maioria dos casos, ao longo da infância, com resolução espontânea do problema, sendo porém fundamental avaliações periódicas para acompanhamento do comportamento do condição.

Entretanto, em parcela variável - 5 a 20% - dos meninos com testículo retrátil, outras anormalidades como, a persistência do conduto peritônio-vaginal e anomalias do epidídimo podem estar associadas, assim como há o risco de evoluir com o quadro de testículo re-ascendido - 3 a 7% dos casos. 

Tratamento do Testículo Retrátil

A conduta inicial recomendada nessa situação é apenas a vigilância ativa da criança - conduta expectante - devendo-se avaliar anualmente a evolução do paciente até a puberdade.

Quando a criança evoluir com sintomas, como dor nos momentos de subida do testículo para o canal inguinal; redução do tamanho testicular; testiculo re-ascendido ou ausência de resolução da condição após a adolescência, geralmente será necessário a realização de tratamento cirúrgico para fixação testicular - orquidopexia.

 

"O conteúdo destas informações foram revisados pela Dra Marilyse Fernandes. Destina-se apenas para fins educacionais e não deve substituir avaliação médica ou de qualquer outro profissional de saúde. Encorajamos a discussão de quaisquer dúvidas ou preocupações com o/a médico/a de sua preferência e confiança".

Fig. 1 - (a) Testículos tópicos com subida testicular para o canal inguinal esquerdo (testiculo esquerdo retrátil),após estímulo da face interna da coxa, área de distribuição do nervo genitofemoral, desencadeando o reflexo cremastérico, responsável pela movimentação testicular.
Fonte: Hutson JM, Thorup JM, Beasley SW,2016. Descent of the Testis, página 51. doi:10.1007/978-3-319-25910-9 - Link: Descent of the Testis

Fig. 2 -  (b) Aspecto do escroto antes do surgimento do reflexo cremastérico. (c) Aspecto do escroto depois do reflexo cremastérico.

Fonte: Hutson JM, Thorup JM, Beasley SW,2016. Descent of the Testis, página 51. doi:10.1007/978-3-319-25910-9 - link: Descent of the Testis

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